terça-feira, 20 de janeiro de 2009


A filologia como ciência tem despertado ao longo do tempo interesse dos pesquisadores brasileiro. Nisso, o ensino do Português nas universidades brasileiras é feito, sobretudo, de caráter filológico, sendo constantemente confundido com estudo literários.
A filologia brasileira tem dado grande atenção às edições criticas de obras literárias em Português arcaico e moderno, visto que no passado não se tinha ideais claras nem métodos seguros com relação a essa área de estudo.
Vários são os pesquisadores da língua portuguesa que se dedicaram à pesquisa e o estudo da filologia ao longo do tempo.
As realizações filológicas não conduziram os lingüistas brasileiros a uma compreensão da estilística na concepção moderna da palavra.
Por muito tempo, a estilística lingüística foi quase que foi ignorada pelos estudiosos brasileiros, sendo um ou outro pesquisador que se preocupa com seu estudo.
A perigosa tendência existente entre estudiosos brasileiros de confundir estilo com o conceito saussuriano de fala cria um obstáculo ao desenvolvimento da estilística de acordo com a orientação.
O estudo da técnica do verso, por sua vez, fez consideráveis progressos. A técnica do Verso é um recurso utilizado pelos escritores na composição métrica, sobretudo da poesia. O seu estudo trouxe consideráveis progressos. E vários são os pesquisadores que se dedicaram aos estudos da Técnica do Verso.
Entre os pesquisadores da Técnica do Verso podemos citar M. Cavalcanti Proença. Para ele, a ligação necessária entre as regras métricas e as características da prosódia portuguesa, opondo-se à tendência a ver no metro uma seqüência mecânica de sílabas tônicas e átonas separadamente da elocução normal e do conteúdo semântico da mensagem.
Um novo aspecto da lingüística brasileira contemporânea constituiu um certo tempo, de um movimento para criar uma filologia clássica baseada no latim clássico. Poderia ter sido o primeiro passo para o estabelecimento de estudos filológicos do latim no quadro geral da filologia comparativa do indo-europeu. Mesmo assim, a filologia clássica brasileira não acompanhou as teorias mais recentes no campo indo-europeu, existindo, portanto, um vazio no campo da filologia clássica entre os estudiosos brasileiros.
A lexicografia progrediu no b Brasil desde o começo do século XIX, sendo atualmente considerada pelo Instituto Nacional do Livro como um dos seus objetivos mais importante. O Instituto tomou a tarefa de continuar a publicação de um antigo dicionário do Português de Antonio Joaquim de Macedo Soares, obra das décadas de setenta e oitenta do século XIX, que pretendia legitimar a língua coloquial do Brasil, sob o lema “já é tempo dos brasileiros escreverem como se fala no Brasil, e não como se escreve em Portugal”. Com sua morte, o trabalho por ele realizado foi paralisado.
Um pequeno mas valioso dicionário foi sob a responsabilidade de Hildebrando Lima e Gustavo Barroso, mas o verdadeiro organizador, desde a 2ª edição, é o filólogo Aurélio Buarque de Holanda, que realizou competente e hábil trabalho de lexicógrafo.
As tendências atuais dos estudos lingüísticos no Brasil estão um tanto ultrapassadas em comparação com as correntes lingüísticas norte-americanas e européias da atualidade. Tem havido progresso técnico em áreas que já não despertam o mesmo interesse do passado como a filologia e a lexicografia. A geografia lingüística, de recente introdução no Brasil, deve-se ainda inserir-se no quadro mas extenso da dialetologia estrutural. A lingüística já consta como curso básico dos currículos das Faculdades de Filosofia.
Há porém, dois obstáculos ao seu florescimento pleno: de um lado, a falta, nas universidades brasileira, de pessoal treinado em numero suficiente para satisfazer a crescente necessidade de ensino e pesquisa de lingüística; e de outro, o fato de que a lingüística apenas integra o currículo dos cursos de letras, sendo , portanto, tratada como parte da humanidades. Dessa forma, a situação geral atribui à lingüística um lugar subordinado nos currículos, reduz o alcance de seu ensino e forçosamente enfatiza as idéias antigas e errôneas que consistem em considerar a lingüística como auxiliar de filologia e da critica literária.

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